domingo, 10 de outubro de 2010

Como sabemos que a pessoa que a gente está namorando é realmente a que Deus escolheu para nós?


A sua própria pergunta denuncia um erro na escolha, 
pois ninguém deve começar um namoro para fazer experiências, 
a fim de descobrir, no decurso do relacionamento, 
se vale a pena ou não continuar o namoro ou pensar em noivado e casamento.
Qual deve ser a postura correta? No mundo, adota-se o “ficar”. 
As pessoas vão “ficando” para ver o que vai acontecer, e 
algumas acabam se apaixonado. 
Mas isso não vale para quem conhece a Palavra de Deus. 
Na palavra “namoro” não está contido o termo “amor” por acaso. 
O namoro verdadeiro é para pessoas maduras, que se amam de verdade,
e não para aquelas que apenas têm uma atração passageira,
não querem ficar sozinhas ou desejam fazer experiências.
Para se começar um namoro, é preciso ter alcançado a maturidade, 
período que só vem após a adolescência, 
que é uma fase de transição entre a infância e a juventude. 
Como não se trata de passatempo, mas de uma importante etapa, 
só deve pensar em namoro quem realmente está determinado a casar. 
Quem namora por namorar está começando errado e 
sofrerá as conseqüências (Gl 6.7).
Como encontrar a pessoa ideal para namorar/noivar/casar? 
Primeiro, é preciso orar com fé e esperar no Senhor (Sl 40.1), 
pois Ele é poderoso mesmo 
para preparar a pessoa certa (Pv 19.14). 
Ao mesmo tempo, é necessário procurar (Pv 18.22), pois em tudo, 
na vida, existe a parte que cabe a Deus e 
a que cabe a nós (Pv 16.1,2; Tg 4.8).
Mas o jovem cristão deve ter cuidado com 
s profetizadores casamenteiros (Ez 13.2,3; Ap 2.20), 
pois a profecia, como dom do Espírito Santo que se manifesta,
usualmente, num culto coletivo a Deus, não serve, em regra geral, 
para ajudar os jovens crentes a encontrarem a “pessoa preparada”.
As finalidades do dom são: edificação, exortação e 
consolação do povo de Deus (1 Co 14.3).
Muitos hoje são infelizes em sua vida conjugal 
porque deram ouvidos a falsas profecias. 
Namoro é coisa séria! 
Não se deve permitir que a escolha tenha a interferência de terceiros, 
exceto dos pais, que, conquanto não façam a escolha, diretamente, 
devem sim aconselhar e ajudar os filhos nessa tomada de decisão.
A procura, em oração, deve ser segundo os critérios 
contidos na Palavra de Deus. 
É necessário priorizar qualidades como a espiritualidade (1 Co 2.14-16; 5.11), 
isto é, a beleza interior (Pv 15.13).
Muitos se preocupam demasiadamente com a beleza física, 
que é enganosa (Pv 31.30). 
squecem-se de que a beleza da alma é a mais importante (1 Sm 16.17) 
e permanece mesmo com o passar dos anos, 
enquanto a exterior é ilusória, passageira e 
morrerá tal como uma flor (Pv 11.22; 1 Pe 1.24,25).
Deve, ainda, haver preocupação com a compatibilidade (Am 3.3). 
Muitos hoje dizem que isso não é importante e 
pensam que podem namorar uma pessoa descrente para ganhá-la para Jesus. 
Fazer isso, no entanto, é o mesmo que se jogar em um poço
para tentar salvar alguém que lá caiu. 
E ninguém faria isso. 
É mais fácil jogar a “corda” do evangelho para o não-crente se salvar, 
mas sem nenhum envolvimento sentimental. 
Depois de uma conversão verdadeira (1 Co 5.11), 
aí sim não há problemas para um namoro, 
posto que há compatibilidade espiritual.
O meu conselho, portanto, é: antes de começar um namoro, 
verifique se não há incompatibilidades espiritual, social, etária, cultural, etc. 
A mais perigosa é a espiritual (2 Jo vv. 10,11). 
Considerando que a Bíblia chama os incrédulos de filhos do diabo (1 Jo 3.10), 
não havendo, pois, meio-termo, relacionar-se com uma pessoa infiel a Deus 
significa ter o Diabo como sogro. 
E não pense que um(a) filho(a) do Diabo terá, 
em contrapartida, Deus como sogro, 
em razão de se relacionar com um(a) filho(a) de Deus, 
equilibrando, assim, o relacionamento. 
Em todos os casos de mistura (crente com descrente), 
sempre é o servo do Senhor o prejudicado 
(Gn 6.1-4; 1 Co 10; 2 Co 6.14-18).
Há exceção nos casos de pessoas que, 
tendo casado nos chamados tempos da ignorância (At 17.31), 
uma delas se converte a Cristo. 
Nesse caso, é a pessoa salva que influencia 
positivamente a não-salva (1 Pe 3.1), 
como se vê claramente em 1 Coríntios 7.

Ciro Sanches Zibordi 

Nenhum comentário:

Postar um comentário