quinta-feira, 21 de março de 2013

Um famoso professor

Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento.
 Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar 
com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter a triste monotonia do matrimônio. 
O mestre disse que respeitava sua opinião, mas lhes contou a seguinte história:
 “Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã,
 minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um infarto. 
Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e, 
quase se arrastando, a levou até a caminhonete. 
Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta. 
Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. 
Quase não chorou! Eu e meus irmãos tentamos, em vão, 
quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados. 
Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e 
falou com sentida emoção: - Meus filhos, foram 55 bons anos… 
Ninguém pode falar do amor verdadeiro, se não tem ideia do que é compartilhar a vida 
com alguém por tanto tempo. Ele fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou: 
- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. 
Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, 
choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam.
 Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, 
nos apoiamos na hora da dor, e perdoamos nossos erros… 
Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por quê?
 Porque ela se foi antes de mim, e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar,
 de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto, que não gostaria que sofresse assim. 
Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. 
Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo:
 “Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa.” 
E por fim, o professor concluiu: “Naquele dia, entendi o que é o verdadeiro amor.
 Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, 
mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.” Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar,
 pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. 
O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. 
O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso,
 nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada. 
 “Quem caminha sozinho, pode até chegar mais rápido. 
Mas aquele que vai acompanhado, com certeza, chegará mais longe, 
e terá a indescritível alegria de compartilhar alegria… 
alegria esta, que a solidão nega a todos que a possuem”

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