na pessoa refletida no espelho.
Fiz uma séria constatação.
EU SOU IDIOTA! Isso mesmo, idiota.
Mas não pense que tenho vergonha disso.
Nos dias de hoje, ser idiota é privilégio.
Os idiotas de hoje são aqueles que
conseguem sorrir mesmo quando a dor aperta.
São aqueles que ainda dizem
Eu te Amo olhando nos olhos,
que valorizam abraços e
gostam de andar de mãos dadas.
Idiotas são aqueles que crêem num sentimento sincero,
que ainda esperam encontrar um amor perfeito,
que escrevem e lêem poesias e que mandam flores.
Idiotas são românticos, no sentido mais meloso da palavra,
mas não se envergonham disso.
São aqueles que se permitem chorar quando a dor machuca,
quando o amor se vai ou o filme emociona.
Cantam músicas de amor como se fossem hinos,
mesmo porque, para seus corações apaixonados realmente são.
Idiotas são sentimentais.
Se magoam com a menor das brigas
e lutam pela reconciliação.
São aqueles que não ligam
para o que os outros dizem,
eles se dão por completo...
Idiota é aquele que pede desculpa mesmo sem ter errado,
que pede licença, que dá bom dia, boa tarde, boa noite.
Que pergunta “como vai?”,
“precisa de alguma coisa?”,
“ta tudo bem?’.
É aquele que não esquece nem
do amigo que não dá mais notícias,
aquele que lembra da infância e comemora o quanto foi bom.
Idiota é aquele que ri de si próprio,
que brinca de descobrir desenho em nuvem,
que anda descalço e toma banho de chuva.
Que chora por briga de amor e
que a cada briga acha que
o mundo acabou, mas que logo perdoa.
Idiota é aquele que, mesmo nesse mundo corrompido,
insiste em ser sincero.
Que estende a mão pra ajudar quem for,
que faz o bem sem olhar a quem.
Idiotas se preocupam, se arrumam e
se enfeitam para ver a pessoa amada.
Querem estar sempre belos,
nem que seja só pra se olhar no espelho.
Idiotas se divertem.
Idiotas tem amigos.
Idiotas amam.
Idiotas são felizes...
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